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4 motivos pelos quais o capitalismo odeia as bicicletas

ECOA

24/02/2020 04h00

Sabemos que o capitalismo opera na lógica do consumo, da necessidade inventada e do rapto da autonomia dos indivíduos. Quanto mais paralisados, melhor. Pensando nisso, faz todo sentido que, dentro deste contexto, a indústria automobilística tenha se desenvolvido na proporção que se deu. É por isso que pedalar é uma ferramenta tão poderosa para o nosso bem estar e busca pela liberdade:

Bicicleta é econômica: assumir a bicicleta como meio de transporte diário tem seus custos, como por exemplo, investir numa boa bicicleta que atenda suas necessidades, manutenção, algum pneu que fure ocasionalmente, compra de algumas ferramentas etc, mas nada comparado com os gastos que o uso diário de um carro produz. O motorista, em linhas gerais, basicamente compra um carro para ir ao trabalho e trabalha para manter o carro, tamanho o número de despesas que um carro gera.

Bicicleta é ecológica: a bicicleta é um veículo que gera um total de 0% de emissão de gás carbônico, um dos principais responsáveis pelas grandes mudanças climáticas que estão acontecendo no planeta. Ou seja, andar de carro contribui para eventos destrutivos, como grandes secas, grandes queimadas, enormes enchentes, alastramento de doenças novas e perigosas e tudo mais que vem no pacote do aquecimento global, fenômeno causado pelas grandes emissões de gás carbônico.

Bicicleta é saudável: andar de bicicleta reduz a nossa dependência da indústria farmacêutica e despesas hospitalares a médio e longo prazo. Ao pedalar, trabalhamos músculos do corpo todo, sem falar no fortalecimento das nossas capacidades respiratórias e cardiovasculares. Conforme a prática do ciclismo vai fortalecendo seu corpo, os benefícios a saúde vão se ampliando também, tanto corporais quanto mentais.

Bicicleta é transporte: viver em cidades grandes é lidar com o aumento anual das tarifas do transporte público. Todo início de ano passamos por esse grande choque e sofrimento. Ao incorporar, cada um da forma que pode e que consegue, a bicicleta transporte, e não só como lazer, praticamos uma bela economia. Existem várias maneiras de fazer isso. Pode ser fazendo o caminho até o metrô de bicicleta e partir de metrô de lá, poupando o valor da integração com o ônibus.

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Sobre a Autora

Milo Araújo é designer e diretora de arte, pedaleira, caminhadeira e agora escrevedeira. Aprendeu a andar de bike sem as mãos recentemente.

Sobre o Blog

O pedal da Milo entra em ação, de olho na mobilidade urbana. Aqui se fala sobre formas de transitar, ocupar e viver as cidades.


Milo Araújo